Nosso maior compromisso é com a saúde pública não titubearemos e vamos CANCELAR nosso cortejo caso haja uma reversão na tendência de queda de infectados e mortos que hoje se constata na cidade de Sp. Se o número de casos e principalmente se o número de mortos aumentarem seremos os primeiros a cancelar nossas atividades independente da orientação da prefeitura.

Temos a nossa responsabilidade social e sabemos que os governos visam o lucro e querem a economia girando a pleno vapor. Carnaval de rua não é mercadoria e a prefeitura de Sp deveria abrir um canal direto de diálogo com os blocos para planejar, organizar e dar transparência sobre os passos que devem ser dados para realizar o carnaval de rua em 2022. Pois convenhamos este é o papel da prefeitura uma vez que toda a produção dos cortejos são dos blocos.
A tendencia, hoje, meado de novembro, é que com o aumento da vacinação o vírus circule menos e as pessoas vacinadas que forem infectadas tenham sintomas mais leves.
 
Se acreditamos realmente na ciência e nós acreditamos, quanto mais as pessoas forem vacinadas menos casos e mortes teremos. Defendemos assim que todo mundo se vacine com a segunda e terceira dose, pois em relação a primeira dose as autoridades de saúde do município anunciou que atingiu os 100%. Entre os componentes do bloco não é só uma orientação estar vacinad@ e usar máscaras mas, uma obrigação para participar das nossas atividades como dos ensaios, por exemplo.
 
Mas, não está descartada a aparição de uma nova cepa que as vacinas não nos protejam por conta da baixíssima vacinação na América Central, África e da grande capacidade de mutação do vírus. E num mundo globalizado é ceteza que se isto acontecer a cepa chegará aqui. 
Faltam 3 meses e meio (27/02 domingo de carnaval) para o nosso cortejo até lá a vacinação avançará e estaremos próximos de 90% das pessoas com a segunda dose tomada.
 
Existem muitas cidades, governos e pessoas conservadoras que sempre foram contra o carnaval e pregaram contra a vacina, lock down (que sempre defendemos como saída eficaz para salvar as vidas da classe trabalhadora ficando em casa com um auxílio emergencial digno), contra as medidas sanitárias e agora vem justamente alegar que ainda não é a hora de aglomerar. O atraso na compra das vacinas e o negacionismo fez com que mais de 600 mil pessoas morressem. Se tivéssemos comprado antes as vacinas e com toda estrutura, know how, agilidade e enraizamento do SUS poderíamos ter salvo muitas vidas e a população praticamente estaria toda vacinada.
 
A pergunta que fica é por que só o carnaval existe uma campanha contra à sua realizaçào?  As torcidas nos estádios de futebol não aglomeram tanto quanto o carnaval?  E o Lollapalooza, revellion e praias lotadas? 
 
As casas de shows, casas dançantes ou ainda a igrejas lotadas e em ambientes fechados não são tão ou mais perigosos que ambientes abertos???
Imputo ao conservadorismo e ao moralismo boa parte desta aversão. Nem pelo aspecto econômico esta tal aversão a realização do carnaval de rua  se sustenta, dizer que a prefeitura vai gastar muito dinheiro com o evento beira a ignorância. Pois, quem paga toda a estrutura de rua do carnaval é a empresa que vence a licitação da prefeitura em toca de exclusividade de vendas e publicidade, não à toa é a Ambev que nos últimos anos sai vencedora da licitação.  Os moralistas e conservadores não suportam o carnaval. Sabem que o carnaval quebra regras, transpira alegria e sensualidade.
 
E também, por que o carnaval de rua é libertário e revolucionário. A direita morre de medo, pois o povo na rua é mobilizador para a esquerda. Não fazia nem bem 2 meses que o genocida havia tomado posse e o povo nos blocos de carnaval já gritavam "Fora Bolsonaro!"
 
Em ano de eleição, carnaval é uma grande plataforma contra um governo fascista que censura , tem todos os tipos de preconceito e que está deixando as pessoas passando fome.
 
Vamos às ruas carnavalizar contra este governo e gritar bem alto "Fora genocida".
 

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